Carta aos terráqueos dessa dimensão

Talvez esteja na hora de respeitar os limites de seus sentidos,
Já te adianto que tudo és um infinito fractal de design atômico,
Não verão nada diferente do que já tenham visto,
Já não te bastaram todas as pistas fibonaccianas?

Não se incomodem com o que podem medir mas não podem ver,
Não sois besouros que se orientam pelos confins da galáxia,
E sim um bebê pássaro que entende que logo precisa voar,
Em nossas inocentes infâncias percebemos que logo precisamos viver,
E quando estamos vivendo ao invés de perdendo tempo,
Até um tolo entende o sentido de tudo aquilo que não entende.

Talvez vocês estejam fazendo ninhos num deserto iludidos por uma miragem,
Passando a existência quase toda a tentar sobreviver,
Por que saíram de suas luxuosas cavernas?
Por que seguem cegamente adjetivos inventados?

Caubóis, vocês são capazes de fazer algo melhor do que destruir todo o concreto e abstrato,
Usem toda sua ciência apenas em prol de quem precisa,
Coloquem todos os membros de sua espécie em pé de igualdade,
Que garanto a vocês com toda a cordialidade,
Que logo serão vocês dando conselhos aos habitantes baderneiros de outras dimensões,
Pois um dia já fomos piores do que vocês.